Os encontros de fortalecimentos de vínculos familiares são parte importante da metodologia dos projetos do Instituto Nordeste Cidadania, principalmente aqueles que abraçam o público infanto juvenil.  A proposta desses encontros é criar vínculos por meio de trocas e afetos, permitindo que os limites sejam facilmente aceitos, fortalecendo as relações entre as crianças e a família, envolvendo e sensibilizando os pais no processo de aprendizagem.  

Os projetos Espaço de Leitura e Labinec estão promovendo os encontros para fortalecimento de vínculos familiares, atividades obrigatórias anualmente nas turmas do projeto. A assistente social Mônica Ribeiro, coordenadora do projeto Labinec, explica que quando a família se faz presente eles também viram parte do processo de aprendizagem.  

“Quando temos os responsáveis participando das atividades, acompanhando diretamente a evolução e o desenvolvimento dessa criança e desse adolescente, é diferenciado. Nesse contexto, o Inec atende não só a criança, mas também estende essa assistência ao responsável sobre essa família”, elucida, Mônica.  

Metodologia de escuta da família

Os temas são livres e geralmente escolhidos a partir de uma escuta realizada pelos facilitadores dos espaços de leitura. Nos Espaços, presentes em oito municípios cearenses, as parcerias para facilitação dos encontros ocorrem em articulação com os Centros de Referência de Assistência Social (Cras). Temas como nutrição, educação financeira, saúde da mulher e comunicação não-violenta são exemplos de assuntos que guiaram os encontros em 2023.  

 
No LabInec, a metodologia do mapa afetivo é utilizada nos encontros para representar o território através do afeto e sentimentos que atravessam os beneficiários. O projeto conta com mediação da psicóloga que atua no Labinec, fazendo o acompanhamento dos alunos. Nesses encontros, se busca promover o diálogo acerca das representações dos territórios, bem como, das possibilidades de fortalecimento das relações familiares. Esses encontros acontecem no início de cada turma e o acompanhamento psicopedagógico é sistemático.  

Para Mônica Ribeiro, é substancial entender o contexto de vida dos beneficiários. “Muito importante termos esse contato direto com os familiares, entendendo que a criança não é sozinha, mas que ela tem uma família, tem um contexto social, ela tem um território que atravessa as relações e que é importante a gente ter essa relação próxima de vínculo, de afeto e de cuidado”, elucida Mônica.  

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